Relação Triglicérides/HDL: COLESTEROL

Chegou a vez de falarmos sobre o Triglicérides (TG).

Os TG e o colesterol são tipos separados de gorduras que circulam no sangue.

IMPORTANTE SABER o TG é utilizado para armazenar calorias não utilizadas e fornecer ao corpo energia, o colesterol é usado para construir células e determinados hormônios. Ambos não conseguem se dissolver no sangue, então circulam em todo o seu corpo com a ajuda de proteínas, lipoproteínas.

TG e colesterol são adquiridos por meio da alimentação ou produzidos pelo próprio organismo, no fígado. Quando em excesso no sangue, trata-se de hipertrigliceridemia, condição que pode ocasionar, entre outras coisas, obesidade, esteatose hepática (gordura no fígado) e as DOENÇAS CARDIOVASCULARES.

O aumento de TG decorre do consumo de substâncias como álcool, farinha e açúcar refinados, ou com excesso de frutose SIM… FRUTAS! Temos que cuidar até com elas. A frutose transformada em TG pode aumentar o colesterol RUIM. Isso porque o único órgão com avidez para lidar com ela é o fígado, que a processa em LDL e ocasiona altos níveis de LDL e TG altos.

Em contrapartida, o consumo da gordura animal aumenta apenas 25% do LDL e não eleva TG.

Por muito tempo colesterol foi erroneamente julgado e a gordura animal taxada de vilã. Quando, na verdade, as doenças cardíacas e obesidade são fruto do consumo da farinha refinada, açúcares e processados. A gordura saturada foi absolvida do banco dos réus.

A relação TG/HDL é de longe o melhor preditor de doença cardiovascular, do que a relação que costuma ser costumeiramente analisada como colesterol/HDL.

Esta relação TG/HDL deve ser abaixo de 1,7 – valores superiores é risco maior.
Para decifrar qual é a produção de cada tipo de LDL, deve ser analisado o TG e o HDL colesterol (conhecido como o bom).

Um modo simples de saber se você tem muito LDL colesterol:

Se seu triglicérides é baixo e o seu HDL alto, seu LDL é do tipo bom.
Se seu triglicérides é alto e HDL é baixo, seu LDL é ruim.

Por isso insisto tanto nas consultas com minhas pacientes em nos preocuparmos mais com os triglicerídeos!

Fonte: Dra. Joana Iarocrinski