O uso de anticoncepcional hormonal tem sido indicado de forma indiscriminada e ainda existem diversos mitos relacionados a este tratamento. Neste artigo vamos conversar mais sobre esse assunto.
A pílula anticoncepcional
Já faz algum tempo que eu, e outros profissionais da saúde, mudamos a forma como falamos sobre as pílulas anticoncepcionais. Isso porque, com o passar dos anos, novos estudos foram feitos acerca desses contraceptivos e os diversos malefícios que eles trazem ao corpo das mulheres. Dentre os problemas mais comuns causados por pílulas anticoncepcionais, posso destacar trombose, sarcopenia e queda de libido.
E no meio dessa prescrição indiscriminada de anticoncepcionais, muitos mitos foram criados. Por exemplo, o de que é possível melhorar a pele e retardar a menopausa com o seu uso contínuo.
Anticoncepcional retarda a menopausa?
De forma clara e direta: não! O uso de pílulas anticoncepcionais, por inibir a menstruação em alguns casos, ganhou fama de retardar a menopausa, o que é falso. Neste caso, nem mesmo os implantes hormonais têm essa função, uma vez que os óvulos seguem o seu curso de envelhecimento normal.
Anticoncepcionais para mulheres após os 40 anos
Existem muitos motivos para não indicar este uso para mulheres perto do climatério, dentre eles eu destaco o risco de trombose e aumento da pressão arterial. Isso porque, nesta idade a mulher se torna mais suscetível a essas patologias, o que é potencializado pelo uso da pílula.
Outro risco que aumenta – e muito – em mulheres acima dos 40 anos é o câncer de mama. Embora ainda não exista uma relação direta, a Sociedade Brasileira de Mastologia traz um dado muito interessante sobre o assunto: se as chances de desenvolver câncer de mama até os 50 anos é de 2%, mulheres que fizeram uso da pílula por mais de dez anos têm 2,76% de chances. Um aumento bastante significativo.
Eu sempre gosto de salientar que as pílulas anticoncepcionais não são o único tipo de contraceptivo e precisamos abrir os nossos olhos para métodos mais seguros, dentre eles o DIU não hormonal. Vale lembrar que outros métodos anticoncepcionais hormonais como adesivos, anéis vaginais, injeções e DIU hormonal se enquadram nos mesmos riscos das pílulas.
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