Vejo que muitas pacientes me questionam sobre os cuidados para um envelhecimento saudável e querem saber que hormônios vão usar. É uma forma errada de entender o envelhecimento achar que os cuidados se resumem a famosa “modulação hormonal”.
O manejo começa com uma avaliação global da saúde e da vida da paciente. Na adolescência temos à fase de maior produção hormonal, onde as células se replicam com uma velocidade absurda, afinal está completando o crescimento. Com o passar dos anos a produção hormonal vai caindo como forma de manter o equilíbrio. Não podemos ter aos 40, 50 ou 60 a mesma quantidade de hormônios no corpo que tivemos aos 20. Cuidar da longevidade é cuidar da saúde e respeitar o corpo, entendendo seu funcionamento e seus limites.
Algumas doenças como o estresse causam alterações hormonais que precisam ser corrigidas para poder tratar o problema. Falo muito em terapia hormonal pois sou médica e GINECOLOGISTA. A mulher passa pela fase da menopausa em que as alterações hormonais são tão abruptas e intensas que é difícil não lançar mão dessa maravilhosa opção terapêutica, que diminui risco e promove bem estar, mas deve ser prescrita conforme cada pessoa individualmente.
Não é protetor solar que quanto mais forte mais protege. As vezes o uso mal indicado faz estragos e abrevia a vida. Não precisamos ter medo dos hormônios, mas eles devem ser respeitados e entendidos. Não existe milagre para vida eterna, existe empenho do paciente para buscar sua saúde e muito estudo e atenção do MÉDICO para saber avaliar o todo de cada pessoa. E não adianta só hormônios sem alimentação, sono, repouso e comportamentos saudáveis.
A grande maioria das pacientes que NÃO estão na menopausa, as causas que estão acelerando seu envelhecimento são tratáveis SEM hormônios.