Existem alguns microorganismos que fazem um bem enorme para o nosso organismo. Eles fazem parte sa microbiota intestinal. Você deve estar se perguntando: “Mas o que é isso?”, calma que eu te explico.
Nesse artigo vou te apresentar a importância da microbiota e os seus efeitos durante a deficiência de estrogênio associada à menopausa. Assim como o que são esses micro-organismos tão poderosos que temos no nosso corpo.
O que é microbiota?
A microbiota é uma comunidade de microorganismos, principalmente bactérias, fungos e vírus. Ela habita o nosso trato gastrointestinal e, como costumamos chamar, é a nossa flora intestinal.
De uma maneira didática, as funções da microbiota, estão relacionadas ao bom funcionamento do organismo, da mesma forma que são ssenciais para várias funções fisiológicas.
A importância da microbiota no nosso corpo é indiscutível, afinal quem não se sente desconfortável com o mau funcionamento do intestino, não é verdade?
Esses microorganismos são responsáveis por produzir vitaminas, enzimas e outros componentes para a renovação celular. Além disso, a microbiota é responsável pela produção de cerca de 90% da serotonina do corpo. Como resultado, além de manter o trato gastrointestinal equilibrado, ela está relacionada com a melhora quadros de ansiedade, depressão e outros relacionados ao humor.
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Como a microbiota interage com os hormônios sexuais femininos?
Assim como a microbiota é de extrema importância para o nosso trato gastrointestinal, ela sofre forte influência com as alterações causadas pelos hormônios sexuais femininos.
As alterações nos níveis hormonais, principalmente o estrogênio, afetam a microbiota intestinal, e por vez, a microbiota influencia diversas doenças fora do intestino.
Por isso, a disbiose, que é o nome dado para o desequilíbrio da microbiota intestinal, tem sido relacionada a doenças imunológicas e metabólicas.
A ausência, ou deficiência de estrogênio é capaz de alterar o equilíbrio da microbiota intestinal e assim, doenças correspondentes. Para efeito, algumas doenças autoimunes afetam mais mulheres que homens, a artrite reumatoide é um exemplo.
A título de curiosidade, algumas doenças autoimunes e asma surgem após a menarca – primeira menstruação -, ou durante o período fértil da mulher. Também a relação entre os hormônios sexuais femininos, imunidade e a microbiota é associada ao desenvolvimento de doenças autoimunes.
A ligação entre a microbiota intestinal e a menopausa
Ao tratarmos a microbiota intestinal, e as suas alterações devido à deficiência de estrogênio, podemos melhorar algumas mudanças imunológicas e no metabolismo.
As mulheres na pós-menopausa começam apresentar maior índice de gordura intra-abdominal e diminuição de massa magra, em comparação a mulheres na pré-menopausa. A relação entre a microbiota e a deficiência de estrogênio é em parte responsável pelo ganho de peso e deposição de gordura durante a menopausa.
No meu vídeo sobre compulsão alimentar e hormônios ovarianos, conto um pouquinho mais sobre essa sensação de insaciedade. Para assistir é só dar play no vídeo abaixo.
Uma outra ligação entre a menopausa e a microbiota é em relação à estrutura óssea. Recentemente foi descoberta a influência da microbiota intestinal sobre a homeostase óssea. A presença ou falta dos Lactobacilos reuteri está associada a maior produção de vitamina K. Isso é importante pois estima-se que uma cada duas mulheres com mais de 50 anos, terá uma fratura óssea causada pela osteoporose.
Além das associações acima, a microbiota intestinal também pode influenciar o risco de câncer de mama pelos efeitos da alteração dos níveis de estrona na pós-menopausa. Para ajudar na prevenção do câncer de mama na menopausa pode ser feito o uso de lignanas da linhaça, assim como vitaminas do complexo B. Mas, lembrando que a administração desses componentes deve ser feita sob a indicação da sua médica especializada.
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Até a próxima,
Joele Lerípio.
