Sintomas Tardios: A falta de estrogênio ao alterar a consideravelmente o organismo feminino nos torna vulneráveis a diversos distúrbios decorrentes dessa deficiência. A falta de estrogênio no osso com o passar do tempo leva ao desenvolvimento de osteoporose pelo aumento da reabsorção óssea e diminuição do depósito de cálcio na sua estrutura. Isso ocorre pela baixa da Vitamina D (a pele fina da mulher idosa não sintetiza Vitamina D com mesma eficiência) e o rim mais velho não termina a ativação dessa vitamina, sem isso ela não funciona.
Sua principal função para os ossos é a absorção intestinal do cálcio. Ainda a tireoide e paratireoides deixam de produzir adequadamente a calcitonina (boa para os ossos) e aumentam a produção do paratormônio (ruim para o osso). A redução do estrogênio traz modificações cutâneas, os fibroblastos (células que produzem colágeno) começam a desaparecer e, além da flacidez, rugas, dificuldade de absorver a vitamina D temos também o aparecimento de manchas senis e roxos por qualquer pequeno trauma. Na pele da vagina a atrofia pode aumentar a ponto de iniciarem infecções urinárias ou vaginais de difícil controle e incontinência urinária.
Do ponto de vista cardiovascular o risco de derrames e infartos aumentam em 5 vezes na mulher após 5 anos de menopausa quando comparadas à antes da menopausa. Isso acontece porque o estrogênio (hormônio feminino) tem efeito benéfico no perfil lipídico e ação anti-inflamatória no endotélio vascular (parede das veias).
O ganho de peso tão comum na menopausa tem fator hormonal e também há uma diminuição do gasto de energia em repouso e o depósito de gordura tende a ser na região do abdome.
Importante salientar que todo esse processo está acontecendo concomitante ao envelhecimento, onde podemos já ter diabete, pressão alta, doenças da tireoide.
Isso mostra como é importante uma avaliação global de cada mulher. O tratamento pode ser completamente diferente conforme as comorbidades de cada uma.