Candidíase Vaginal

A candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) é uma condição debilitante e de longo prazo que pode afetar gravemente a qualidade de vida das mulheres.
A CVVR é definida como quatro ou mais episódios da infecção a cada ano. Portanto, se você apresentou no mínimo 4 episódios de candidíase vulvovaginal em um ano, infelizmente você possui CVVR.

A Febrasgo conceitua como 3 episódios em sua página.

Estudo de revisão sistemática recente de uma das mais conceituadas revistas científicas médicas , avaliou dados populacionais publicados entre 1985 e 2016 que relataram a prevalência de candidíase ( Denning et al, 2018)
Avaliaram-se 17.365 pacientes de 11 países.
O estudo mostrou que:
A candidíase vulvovaginal recorrente em todo o mundo afeta cerca de 138 milhões de mulheres anualmente.
Possui um prevalência anual global de 3.871 por 100.000 mulheres; 372 milhões de mulheres são afetadas por candidíase vulvovaginal recorrente ao longo da vida.
A faixa etária de 25 a 34 anos tem a maior prevalência (9%). Até 2030, estima-se que a população de mulheres com candidíase vulvovaginal recorrente aumente para quase 158 milhões, resultando em 20.240.664 casos adicionais.
Em países de alta renda, a carga econômica da perda de produtividade pode chegar a US $ 14,39 bilhões anuais (quatorze bilhões e trezentos milhões de dólares norte americanos ). Os autores defendem que:

A alta prevalência, a morbidade substancial e as perdas econômicas trazidas pela CVVR requerem melhores soluções e melhora na qualidade do atendimento às mulheres afetadas.
De acordo com a FEBRASGO, são fatores predisponente para a candidíase vaginal: diabetes mellitus, a corticoterapia, o uso de antibióticos e os anticoncepcionais orais. Lembramos que o uso de roupas muito justas ou de fibras sintéticas também predispõem ( Álvares et ao 2007). Todos contribuem alterando a microbiota vaginal ( desequilibram a população de bactérias da vagina , favorecendo o crescimento do fungo ). 

Entretanto mulheres com CVVR podem não apresentar nenhum dos antecedentes acima.

Fonte: Dr Sérgio Cabral